sábado, 24 de maio de 2014

Dia 15 - 13/03/2014 Quinta-feira


Naranjal - Quito (Ecuador) – 410 km

Um café com pão em um bar próximo ao hotel e iniciamos o dia.
Plantações de bananas alternadas com cacau acompanham a estrada.
Muitos aviões de pulverização das plantações são avistados fazendo as rasantes para pulverização.


Olha o almoço! A mulher estava esfolando o porco na beira da estrada, local onde ela vende a carne.


Depois que passamos por El Triunfo, encontramos o Jacob na estrada e completamos a trupe novamente.
Subimos e descemos a serra pela rodovia E487,  é como a serra entre Taubaté e Ubatuba + o Rastro da Serpente + a Serra do Rio do Rastro = a 80km de vales e muitas curvas de 180 º.
Pista boa, porém muito perigosa, chegamos à altitude de 3200 metros.

 
 
 
 

Em dois dias de viajem passamos de paisagens secas, áridas e planas para florestas, rios, montanhas e chuva.
E ela nos encontrou a 100km de Quito, frio e chuva.



O vulcão Cotopaxi, com o pico nevado, a direita da estrada é um espetáculo a parte.


A entrada de Quito como em qualquer outra grande cidade é complexa.
Os GPS dos meus amigos não funcionam no Ecuador.
Com as indicações do nosso amigo FC Byron Maldonado, organizador do encontro internacional dos FC em 11/2013, e a ajuda de um motociclista que contratamos por US$ 4,00, chegamos ao escritório do Byron.

A hora em que chegamos não permitia que levássemos as motos às concessionárias da Harley Davidson e Triumph pra as devidas revisões.
Com todo o apoio do nosso amigo Byron, vamos a um hotel de sua indicação, jantar típico e a um belo city tour noturno no centro histórico de Quito.

 
 

Meu pé? Não dói, mais continua inchado, amanhã acaba o tempo em que tenho que tomar a medicação.

Dia 14 - 12/03/2014 Quarta-feira



Piura (Peru) – Naranjal (Ecuador) – 460 km

Vamos agora em direção à fronteira com o Ecuador, por Tumbes.
Passamos pelas últimas praias do Peru e as paisagens começam a mudar.


 
 
 

Chegamos à fronteira às 13:00hs, o procedimento de saída do Peru e entrada no Ecuador, bem como a saída das motos do Peru foi muito rápido, tudo feito em um moderno complexo que tem uma boa lanchonete e servem um almoço de qualidade a preço honesto.

 
 

Rodamos mais 3 km para fazer a entrada das motos no Ecuador, é um posto de aduana que fica na estrada.
Aí perdemos uma hora e meia, não tinha muitas pessoas, mas o atendente e o sistema!!!!!!
E como é de praxe, saímos atrás de comprar o S.O.A.T. (seguro obrigatório).
Nos indicaram a cidade de Arenillas a 10 km dali. Perdemos um tempo precioso até descobrir que a cooperativa que vendia o S.O.A.T. nesta cidade não fazia mais esta operação. Nos indicaram outra cidade, Santa Rosa, ali pertinho, e lá vamos nós.

Logo na entrada da cidade usamos a tática do Serjão, contratamos um taxi para nos levar ao ponto de interesse, sozinhos íamos demorar uma década para achar o lugar.
Depois de 30 minutos na agencia que vendia o bendito S.O.A.T., a atendente informa que o sistema que eles tinham não permitia a venda para veículos de turistas.
Resolvemos continuar a viajem e desistimos do S.O.A.T. (Em Quito nosso amigo Byron Maldonado informou, que no Ecuador este seguro não é muito cobrado, porém na Colômbia era essencial).

Arrozais, plantações de bananas e cacau nos acompanham agora.
 



Tentei trocar a Harley Davidson do Serjão pelo Pepe, o burrinho, e o Ecuatoriano não aceitou, ele alegou que o amortecedor do Pepe é mais eficiente.





Estrada ruim de mão dupla com tráfego intenso de caminhões dificultava e deixava as ultrapassagens arriscadas. Fizemos uma média de 40km/hora até chegar em Naranjal às 17:30hs, já escurecendo e ameaçando chuva.

Passamos o dia sem encontrar o Jacob, o pessoal da aduana nos informou que ele tinha passado por lá umas duas horas antes da gente.
Resolvemos ficar em Naranjal mesmo. Nosso planejamento original era Guaiaquil.
Achamos um hotel simples com ar condicionado, água quente, TV e internet por US$ 14,00. Guardamos as motos na cocheira e o temporal despencou, parecia chuva de verão em Sampa.
Fiquei no hotel, pois meu pé ainda doía muito, o Serjão foi buscar o jantar (arroz, frango assado e salada) que comemos no quarto do hotel mesmo.
Ele passou um sufoco para trocar uma nota de US$ 100,00 na compra do jantar. O lugar à noite é sinistro, e com chuva fica parecendo uma cidade de bang-bang do velho oeste.
Uma postagem para deixar o pessoal tranqüilo e informado, e mais uma noite de sonho tranqüilo para chegar em Quito amanhã.

Dia 13 - 11/03/2014 Terça-feira



Casma (Praia de Tortuga) – Piura 595Km

Depois de uma terrível noite com dor no pé, pernilongos e sem banho (a pousada não tinha água), começamos o dia.

Expliquei aos meus amigos todos os procedimentos da noite anterior e que conseguiria seguir viajem com eles.

Consegui usar a bota, porém sem fechar o zíper, por conta do inchaço. O remédio para dor é eficiente, porém me dava sonho e enjoo.

Paramos em um posto de gasolina em Chimbote para abastecer as meninas (motos) e nossos corpos.
Neste trecho as paisagens se repetem, solo arenoso, árido e vento, muito vento.


Na entrada da cidade de Trujillo nos perdemos novamente, perdemos tempo para achar a estrada, mas valeu pelo city tour.

A cidade de Chiclayo está a 230km de Piura, as motos devem ser abastecidas neste local, o trecho daqui até Piura é um deserto sem nenhum ponto de apoio, nada. Somente areia e arbustos secos.

 
 
 


As estradas são boas e tem bastantes obras de duplicação das pistas.
A entrada da cidade de Piura estava em obras, uma bagunça, tuc-tuc (moto taxis triciclos) pra tudo que é lado.

E como já é tradição, nos perdemos do Jacob novamente, apelidamos ele de Ligeirinho (arriba...arriba, vamos...vamos!).

Eu e o Serjão paramos em um posto de gasolina, abastecemos as motos e nada do Jacob aparecer.
Eram 17:00hs, a ida até Mancora que era o destino planejado, estava a + 180km.
Como nosso amigo Armando nos indicou, por questão de segurança, para não ficar na estrada e pilotar a noite, resolvemos ficar por ali mesmo.

Hospedamos no hotel Intohotel, excelente lugar, bom atendimento com preço honesto. Jantamos muito bem ali mesmo.
Através do facebook descobrimos que o Jacob estava em Mancora.
Como todos estavam bem, vamos dormir com a certeza de que teríamos uma ótima noite de descanso.