Guerrero Negro (Mex) – San
Diego (EUA) 737 km
Novamente saí bem
cedinho, fugir um pouco do calor do deserto e ver o nascer do sol na estrada.
O tiro saiu pela culatra: logo nas primeiras horas quase fiquei congelado, tive que parar e vestir a jaqueta da capa de chuva, que ajudou muito em conter o frio.
As paisagens de tirar
o fôlego voltaram. As fotos não traduzem o que vejo.
Estava atravessando o
Parque Nacional do Valle dos Cirios, um deserto majestoso.
Sem muitas opções de
abastecimento neste trecho, tive que parar e abastecer a moto com a reserva que
levei no galão.
Chego em Tijuana em
uma tarde muito quente, desisti depois de muito procurar o local onde deveria
fazer a saída do México, antes de entrar nos EUA.
Peguei uma fila enorme
para a aduana dos EUA.
No primeiro guichê fui
direcionado a um agente que verificaria meus documentos e condição para entrar
nos EUA.
A agente, Sr. Robert
ficou impressionado com a história da minha viajem, de onde sairá e para onde
estava indo, ele também era um motociclista. Daí pra frente tudo ficou muito
fácil, ele me levou pessoalmente a todos os outros guichês que eu deveria passar.
O processo todo não
demorou muito, tive que pagar uma taxa de US$ 6,00 e falar com vários amigos do
agente de imigração Robert que me apresentava como um grande aventureiro do
Brasil, e todos perguntavam por que saí do Brasil em tempos de copa do mundo de
futebol, e a resposta clássica de que "gosto de andar de moto e não de
assistir futebol" só levavam a boas risadas e comprimentos de aprovação.
Deixei vários adesivos
com esse pessoal e um grande amigo também, infelizmente fotos do local e das
pessoas nas fronteiras são proibidas.
Estava nos Estados
Unidos da América.
Parei nos primeiros
motéis que vi na estrada, bons e baratos.
Fiz compras, lavei um
pouco das minhas roupas, jantei nas proximidades do motel e fui descansar cedo.
Amanhã vai ser dia de
revisão da Teresa e turismo em San Diego.