quarta-feira, 16 de abril de 2014

Dia 07 - 05/03/2014 Quarta-feira



De Iquique - Chile a Tacna - Peru

Em Iquique ficamos hospedados no hotel Vacacha, atrás do cassino. Um problema no encanamento deste hotel fez chover dentro do meu quarto a madrugada toda (conveniente para um Fazedor de Chuva em uma cidade que não chove nunca). Não dormi direito e às 05:00hs saí do quarto e fui dormir no hall do hotel, até o início do café da manhã.

A saída de Iquique estava com muitas obras e trânsito intenso. E aí aparece a primeira falha na Tereza, a marcha lenta sumiu. Quando o giro ficava abaixo de 2.500 ela morria. Sem marcha lenta, trânsito e obras deixaram a saída da cidade um pouco complicada. Só resolvi esta falha na revisão de 20.000km em Quito.
Queria tirar uma foto da cidade do alto, mas o pouco espaço no acostamento não propiciou uma parada segura.
Passamos por um lugar chamado Alto Hospício (que nome pra se dar a uma cidade?), lembre que na Argentina tem um lugar chamado Custo de Vida. Vai entender os nomes escolhidos!

As paisagens entre Iquique e Arica são de uma imensidão indescritível, as fotos não fazem jus ao que se vê pessoalmente.
E tudo é seco e árido.

 
 
 
 


 


Em alguns pontos da estrada as pistas de emergência estão lá para socorrer a galera que perde o freio, tem uma a cada quilômetro nas descidas íngremes.



Curiosidade: o quilômetro 2014 da Panamericana, ano da grande jornada.



Em uma bifurcação da estrada, conjugado com uma barreira de obras me deixou confuso quanto ao caminho a seguir. O Serjão está adiantado e o Jacob estava tirando fotos logo atrás, e como ele estava com o GPS, parei e aguardei ele nesta bifurcação, onde tinha uma placa que indicava para Camarões. Ele chegou e entrou em sentido Camarões, segui achando que estava correto.
A estrada acabou e chegamos a um beco sem saída. Mas o lugar era bonito.
Certeza mutua de que um ou outro que tinha provocado o erro, gerou piadas, risadas e 20km de atraso.


Muitas obras com “siga” e “pare”. Teve lugares muito perigosos de se passar, tinha medo de parar até pra tirar foto, ficou só na memória.

Até Arica, cidade próximo a fronteira, são 310km sem posto de gasolina, tem que sair de Iquique abastecido.


Na chegada a fronteira entre o Chile e o Peru você já pode perceber a rivalidade entre esses dois países, tem placas de campo minado nos dois lados da estrada. Recentemente o Chile perdeu uma disputa de território, no mar, para o Peru, e tem questões territoriais mal resolvidas pelos dois lados.



Os procedimentos de aduna não são muito diferentes, aqui perdemos apenas duas horas. Tem que comprar um formulário por U$1,50 em um cassino ao lado da aduana pra fazer a entrada das motos no Peru. Uns dois quilômetros depois tem posto que vende o S.O.A.T ( igual nosso seguro obrigatório). Não deixe de comprar isso, é obrigatório mesmo.
Para a Argentina e Chile, tínhamos a “Carta Verde”, que pode ser comprada no Brasil com a Porto Seguro, nos países que não são do Mercosul só tem a opção de procurar o lugar que vende o S.O.A.T. perto da fronteira.

Ao atravessar para o Peru, ganhamos duas horas no fuso horário.

E depois de 382 km em 8 horas de pilotagem chegamos a Tacna.
Achamos um hotel no centro. Passeio pelas praças, monumentos e Catedral, finalizando com um belo jantar, com ceviche (prato local com pescado ou frutos do mar), é claro.