De Tacna
a Camaná (Peru)
Conforme
rotina, saímos cedo abastecidos e alimentados para a estrada com o objetivo de
rodar 456km até a cidade de Camaná.
As
imensas paisagens áridas com alguns oásis em vales irrigados se repetem, mas
continuam surpreendendo.
Curvas
que se misturam com estas paisagens e túneis em lugares improváveis aparecem do
nada para transpor montanhas.
Uma usina
solar, no meio do nada, mas com muito sol pra gerar energia.
Triste é
ver as casas improvisadas com paredes de palha onde vivem as pessoas de baixa
renda no Peru, não têm nenhuma infraestrutura, são usadas apenas a noite para
descasar um pouco o corpo judiado durante o dia.
Ao final de uma grande reta de quase 100km com deserto de um lado e outro da estrada, seguia rodando um pouco atrás dos dois companheiros, quando a moto começou a perder estabilidade.
Diminuí a velocidade, a estabilidade voltava, mas a Tereza começava a balançar novamente alguns instantes depois.
O pneu esta esvaziando devagar pela válvula da câmera de ar.
Encostei
e verifiquei o pneu traseiro vazio.
O Serjão
e o Jacob não perceberam minha parada e continuaram rodando.
Em uma estrada deserta, sozinho com o pneu furado! Respira fundo e pensa.
Utilizei
o spray tyre repair de encher e consertar a câmera, achando que era um furo.
Li as instruções e vamos lá.
O pneu encheu novamente, minha confiança também, porém quando desconectei a mangueira do spray da válvula, a válvula começou a esvaziar rapidamente. Coloquei a tampa na válvula e voltei a rodar a 40km/h com o pneu meio cheio para alcançar um lugar habitado.
3 km depois, em uma descida, o pneu estourou.
O pneu encheu novamente, minha confiança também, porém quando desconectei a mangueira do spray da válvula, a válvula começou a esvaziar rapidamente. Coloquei a tampa na válvula e voltei a rodar a 40km/h com o pneu meio cheio para alcançar um lugar habitado.
3 km depois, em uma descida, o pneu estourou.
Mas ao
mesmo tempo uma seqüência de anjos da guarda começam aparecer. A providência
estava ao meu favor.
Primeiro um casal de colombianos motociclistas, Gustavo e sua esposa pararam para me socorrer.
Falei a eles dos meus dois companheiros à frente, e eles foram atrás deles, porem falaram que se não os alcançassem retornariam para me apoiar.
Via telefone consegui contato com nosso amigo Dolor em Santa Catarina, ele mobilizou um exercito de ajuda aqui no Peru no intuito de ajudar e achar um pneu compatível.
Meus novos amigos colombianos voltaram, eles não alcançaram o Serjão e o Jacob, porém tinham arranjado a uns 500 metros de onde eu estava num lugar seguro para a moto (uma base da polícia del Peru).
Como o pneu já estava estourado, liguei a Tereza e em segunda marcha levei ela até este local (acho que neste momento o rasco no pneu abriu mais).
Neste momento
verifico o Jacob retornando à minha procura. Ele orientou o Sejão a seguir a
frente até Camaná, que acreditava que eu estava à frente.
Com a Tereza e eu em segurança e na companhia de amigos, agradeci e me despedi do simpático e solista casal de colombianos. Mas a providência nos colocara em seu caminho novamente à frente nesta viajem.
Com a Tereza e eu em segurança e na companhia de amigos, agradeci e me despedi do simpático e solista casal de colombianos. Mas a providência nos colocara em seu caminho novamente à frente nesta viajem.
Nesta
base conheci o senhor José Banda, Oficial de Polícia, que com muita disposição
foi comigo até uma loja de pneus em El Pedregal, distante 3km da base, em seu
carro particular.
O pneu da Tereza é 150/70 R 17, achamos um 140/70 R 17. Muita sorte ou a providência que nos acompanha.
A partir daí foi só trabalhar, desmontar a roda, levar ao borracheiro (eu tinha trazido uma câmara reserva) e montar novamente, a Tereza estava novamente em combate.
O pneu da Tereza é 150/70 R 17, achamos um 140/70 R 17. Muita sorte ou a providência que nos acompanha.
A partir daí foi só trabalhar, desmontar a roda, levar ao borracheiro (eu tinha trazido uma câmara reserva) e montar novamente, a Tereza estava novamente em combate.
Daí
rodamos até Camaná e encontramos nosso amigo Serjão já hospedado. Boas risadas
com a história do pneu furado e dos desencontros.
Obrigado
ao simpático casal da Colômbia, combinamos de jantar juntos quando estivermos
em Bogotá.
Obrigado Dolor, sabemos que não estamos sós.
Obrigado Dolor, sabemos que não estamos sós.
Obrigado
NFC Jacob, que ajudou, acompanhou e agora sabe que eu sei desmontar e montar a
roda traseira de nossas motos.
Obrigado à Policia del Peru e em especial ao oficial Jose Banda, da base de San Juan de Siguas.
Obrigado à Policia del Peru e em especial ao oficial Jose Banda, da base de San Juan de Siguas.