terça-feira, 16 de agosto de 2016

Dia 75 - 01/04/2015, Quarta-feira

El Calafate – Glacial Perito Moreno

Choveu a noite toda, pela manhã parou e o sol abriu firme e forte.
Um tempo na cidade para fazer umas comprinhas e pegar minha roupa na lavanderia.
Desmontei os baús da moto e fui buscar a Etelka no aeroporto, que está a 20km da cidade.
O voo dela chegou pontualmente às 11:30hs, conforme previsão.
Na volta pegamos um pouco de vento, moto inclinada, Etelka tensa, foi bom para dar um pouco de emoção para o início do feriado de Páscoa que passaríamos juntos curtindo esses cenários perto do fim do mundo.

 
 

O sol está forte e as temperaturas estão variando de 5 a 8º C.
Depois de acomodar a mocinha, procuramos um bom restaurante argentino para iniciar os trabalhos.

Resolvemos visitar o Glacial Perito Moreno hoje mesmo, o tempo estava muito bom, e lá vamos nós!!!
 
 
 

A 20km antes de chegar ao Glacial começou a chover, continuamos mesmo assim.
A chuva não quis dar trégua, visitamos as passarelas em que se avista o Glacial, ficamos encharcados.
 
    
 
 
 
 


Recompomo-nos com um chocolate quente na lanchonete do centro de visitantes.
A chuva e o frio ficaram mais intensos, negociei uma carona para a Etelka em uma van de turistas, o que ela achou muito bom.
Me preparei bem com a capa de chuva e luvas e retornei sozinho os 80km que separam o Glacial da cidade de El Calafate, poucas vezes peguei um tempo tão ruim para andar de moto, como este tempo que estava passando. A minha bota como sempre me decepciona, na primeira poça de água ela já encharca.
Banho quente e um bom prato de sopa fecharam o dia.
 

Leonel
NFC GCFC

Dia 74 - 31/03/2015, Terça-feira

Puerto San Julián  - El Calafate 618 km

Viajar muito ao Sul no outono permite que você acorde tarde e mesmo assim assistir o nascer do sol.

Aproveitei a boa luz que o sol me proporcionou esta manhã para tirar algumas fotos de Puerto San Julián, ontem cheguei cedo, porém me ocupei em revisar a moto.
 
 

Estou próximo às Ilhas Malvinas, uns 550 km em linha reta.
Até viajar por esta parte da Argentina não tinha conhecido todo o sentimento do povo Argentino de ter um território ocupado por um invasor.
Muitos monumentos da Guerra, placas e centro de veteranos estão concentrados por esta região.
O Reino Unido ocupou ilegalmente o arquipélago em 1833, embora a Argentina mantenha sua reivindicação às ilhas.
Em abril de 1982, forças argentinas ocuparam temporariamente o território.
A administração britânica foi restaurada dois meses mais tarde, no final da Guerra das Malvinas.
 


Rodei, rodei e rodei por um longo trecho sem muitas alternativas de abastecimento.
Mantive uma media de 100km/h, isso, mais o galão de 10 litros de gasolina que levava, evitou que eu tivesse que ir até Rio Galegos apenas para abastecer.
 
 


Flamingos foram avistados em lagos salgados na beira da pista.
 


Muitos Guanacos e Emas no caminho. A cor destes animais se confunde com a cor do asfalto e da vegetação que está no acostamento.
Muitos animais mortos na beira da estrada por atropelamento, um perigo muito grande para quem viaja de moto.

Cheguei em El Calafate às 15:00hs, me hospedei na pousada já reservada, revisei novamente a corrente da Teresa, separei algumas roupas para lavar e fui passear na cidade.
Visitei o centro turístico Perito Moreno, jantei e voltei para a pousada para descansar.
 

Vou passar alguns dias de turista e conhecer toda a região.

Leonel
NFC GCFC

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Dia 73 - 30/03/2015, Segunda-feira

Puerto Madryn – Puerto San Julián 871 km

1965 - ano em que nasci!


Nesta época do ano o nascer do sol é por volta das 08:00hs. Tomei café da manhã assistindo ele nascer no mar.

No primeiro abastecimento do dia comprei um galão de 10 litros para transportar a gasolina.
Com a velocidade media que estou rodando + o vento de frente, está fazendo com que a Teresa beba como nunca, média de 13 km/l.

O tempo está ensolarado, mas o vento é muito frio.
Tirei uma foto no km 1965 da Ruta 03, o ano em que nasci.
Procurei a placa do km 2015, mas o povo já havia roubado, alguém levou como souvenir.

Rebanhos de Guanacos e bandos de Emas disputam o espaço na rodovia, a atenção deve ser redobrada, pois um impacto com qualquer animal deste é chão na certa.

Vídeo: Emas na Ruta 03
Vídeo: Guanacos na Ruta 03

Almocei em Comodoro Rivadavia, esta cidade usa pás de aerogeradores para utilizar como esculturas nas praças e nas entradas da cidade, porém não vi nenhuma máquina instalada gerando energia.

Aqui a Ruta 03 segue pela costa, com a agradável vista do mar.


No último abastecimento do dia em um posto de gasolina a aproximadamente 150km de Puerto San Julián, encontrei dois motociclista brasileiros, um gaúcho e outro catarinense, eles estavam retornando do Ushuaia.
Informaram do frio que iria enfrentar dali pra frente e alertaram sobre um desvio na estrada a 2 km a frente, onde um deles levou um tombo por conta do barro.

Neste desvio a empreiteira que estava consertando a pista principal, estava jogando água constantemente no desvio para abaixar poeira do rípio, porém como resultado foi o acúmulo de uma lama escorregadia como sabão.
Despedi dos dois novos amigos de estrada e segui viajem.

No desvio informado entrei com todo o cuidado, mais não teve jeito, faltando apenas alguns metros para voltar ao asfalto escorreguei em uma poça de lama e fui ao chão.
O saldo negativo foi o baú do direito quebrado, entortou a pedaleira do freio e meu orgulho de bom piloto também foi lá em baixo.
A corrente que estava um pouco frouxa, travou a roda, tive que soltar a roda e ajustar a corrente ali mesmo.
Com um pouco de barro na bunda segui novamente minha viajem.


Achei um bom hotel e Puerto San Julián com vista para o mar.
Instalei-me e fiz uma revisão geral na Teresa, consertei o baú com fita adesiva, estiquei a corrente e desentortei a pedaleira.
Amanhã é só sair rodando.

Leonel
NFJ GCFJ