Saímos da
cidade de Presidencia Roque Sáenz Peña com destino a Pumamarca, atravessando o
Chaco Argentino passando por lugares com nomes bem sugestivos tal como Monte
Queimado, Pampa Del Infierno e Sapo Queimado.
O tempo
está quente, mas não tão quente quanto à fama do lugar, meus companheiros de
viajem falaram que eu dei sorte, pois o clima quente neste lugar é
insuportável.
Fomos
parados em um posto de controle da polícia Argentina, pediram documentos, foram
gentis e gentilmente nos solicitaram a “la contribución” (mesmo que propina).
100 pesos Argentinos, perto de R$ 30,00. E gentilmente o Serjão pagou e depois
rachamos o prejuízo.
No trecho
para chegar em Monte queimado não tem posto de gasolina (trecho de 260 km), as
três motos entraram na reserva, e o Serjão fica muito incomodado com esta
situação. No posto em Monte Queimado enfrentamos uma pequena fila para
abastecer.
E poucos
minutos depois que chegamos, apareceram os primeiros irmãos de estrada, Deleon,
sua filha Layla e o simpático Paulo, integrantes do Moto Clube Desbravadores do
Sul.
Estavam
em jornada a caminho de Machu Picchu, que em minha opinião é o lugar mais
fascinante da América do Sul, que tive a oportunidade de visitar 3 anos atrás.
Tivemos
mais alguns gratos encontros com esta trupe pelas estradas, e como recebi
adesivos deles, coloquei logo na Tereza, e prometi que eles vão comigo até o
Alaska.
Bom,
motos abastecidas, e dois galões reservas também, depois do susto, pra que dar
mole, lá vamo-nos.
80 km de
buracos contrastaram com as boas estradas que pegamos até agora, passados a
buraqueira, voltamos à rotina de boas estradas.
Tudo
corria muito bem até faltar 60km para chegar em Purmamarca. Estrada entupida de
carros e chuva, aqui eles também tem feriadão de carnaval. Não contávamos com
isso.
Em todo
cidade ou povoado que passávamos estavam em comemorações de carnaval.
Comemoramos
a chegada antecipadamente, depois de correr por todos os hotéis, pousadas,
hostes e até as tentativas de alugar uma casa, constatamos que a cidade estava
lotada, não tinha lugar. (Primeira lição aprendida: Pesquisar as festividades
do local aonde você vai e reservar hospedagem.)
Tínhamos
duas opções, continuar em frente até o povoado de Susques a 4.000 metros de
altitude ou voltar para São Sebastian de Jujuy. A primeira opção foi
imediatamente descartada pelos meus companheiros que já conhecem o lugar, nos
íamos congelar antes de chegar a alguma pousada.
Iniciamos
nosso retorno a S. S. Jujuy, com chuva, trânsito e agora à noite. Eu não
enxergava nada, seguia a luz vermelha da lanterna da moto do Jacob, que por sua
vez seguia um ônibus.
Na
entrada da cidade, outro dissabor: nos perdemos do Jacob (Vocês vão ver nas
outras postagem que isso é quase que uma rotina).
Eu e o
Serjão rodamos a cidade atrás de um hotel que hospedasse a gente e as motos.
Depois de muitas peripécias e muitos hotéis sem vaga e quando tinha não tinha
cocheira (garagem) para as motos, achamos com a ajuda de um taxista um hotel
com cocheira e vagas, eram 22:00hs, estávamos arrasados de cansaço e
preocupados com o Jacob. Apesar do Jacob, no quesito se dar bem, ser muito mais
safo do que eu e o Serjão juntos.
Escolhemos
um bom restaurante e mais um telefonema pra saber que o Jacob está bem, mais
uma postagem no facebook pra deixar a galera despreocupada, fui dormir à 01:00h.
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