terça-feira, 25 de março de 2014

Dia 03 - 01/03/2014 Sábado

Saímos da cidade de Presidencia Roque Sáenz Peña com destino a Pumamarca, atravessando o Chaco Argentino passando por lugares com nomes bem sugestivos tal como Monte Queimado, Pampa Del Infierno e Sapo Queimado.



O tempo está quente, mas não tão quente quanto à fama do lugar, meus companheiros de viajem falaram que eu dei sorte, pois o clima quente neste lugar é insuportável.


Fomos parados em um posto de controle da polícia Argentina, pediram documentos, foram gentis e gentilmente nos solicitaram a “la contribución” (mesmo que propina). 100 pesos Argentinos, perto de R$ 30,00. E gentilmente o Serjão pagou e depois rachamos o prejuízo.

No trecho para chegar em Monte queimado não tem posto de gasolina (trecho de 260 km), as três motos entraram na reserva, e o Serjão fica muito incomodado com esta situação. No posto em Monte Queimado enfrentamos uma pequena fila para abastecer.



E poucos minutos depois que chegamos, apareceram os primeiros irmãos de estrada, Deleon, sua filha Layla e o simpático Paulo, integrantes do Moto Clube Desbravadores do Sul.

Estavam em jornada a caminho de Machu Picchu, que em minha opinião é o lugar mais fascinante da América do Sul, que tive a oportunidade de visitar 3 anos atrás.
Tivemos mais alguns gratos encontros com esta trupe pelas estradas, e como recebi adesivos deles, coloquei logo na Tereza, e prometi que eles vão comigo até o Alaska.

Bom, motos abastecidas, e dois galões reservas também, depois do susto, pra que dar mole, lá vamo-nos.
80 km de buracos contrastaram com as boas estradas que pegamos até agora, passados a buraqueira, voltamos à rotina de boas estradas.

Tudo corria muito bem até faltar 60km para chegar em Purmamarca. Estrada entupida de carros e chuva, aqui eles também tem feriadão de carnaval. Não contávamos com isso.
Em todo cidade ou povoado que passávamos estavam em comemorações de carnaval.
Comemoramos a chegada antecipadamente, depois de correr por todos os hotéis, pousadas, hostes e até as tentativas de alugar uma casa, constatamos que a cidade estava lotada, não tinha lugar. (Primeira lição aprendida: Pesquisar as festividades do local aonde você vai e reservar hospedagem.)

Tínhamos duas opções, continuar em frente até o povoado de Susques a 4.000 metros de altitude ou voltar para São Sebastian de Jujuy. A primeira opção foi imediatamente descartada pelos meus companheiros que já conhecem o lugar, nos íamos congelar antes de chegar a alguma pousada.
Iniciamos nosso retorno a S. S. Jujuy, com chuva, trânsito e agora à noite. Eu não enxergava nada, seguia a luz vermelha da lanterna da moto do Jacob, que por sua vez seguia um ônibus.
Na entrada da cidade, outro dissabor: nos perdemos do Jacob (Vocês vão ver nas outras postagem que isso é quase que uma rotina).
Eu e o Serjão rodamos a cidade atrás de um hotel que hospedasse a gente e as motos. Depois de muitas peripécias e muitos hotéis sem vaga e quando tinha não tinha cocheira (garagem) para as motos, achamos com a ajuda de um taxista um hotel com cocheira e vagas, eram 22:00hs, estávamos arrasados de cansaço e preocupados com o Jacob. Apesar do Jacob, no quesito se dar bem, ser muito mais safo do que eu e o Serjão juntos.
Escolhemos um bom restaurante e mais um telefonema pra saber que o Jacob está bem, mais uma postagem no facebook pra deixar a galera despreocupada, fui dormir à 01:00h.

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