De Iquique - Chile a Tacna - Peru
Em
Iquique ficamos hospedados no hotel Vacacha, atrás do cassino. Um problema no
encanamento deste hotel fez chover dentro do meu quarto a madrugada toda (conveniente
para um Fazedor de Chuva em uma cidade que não chove nunca). Não dormi
direito e às 05:00hs saí do quarto e fui dormir no hall do hotel, até o início
do café da manhã.
A saída
de Iquique estava com muitas obras e trânsito intenso. E aí aparece a primeira
falha na Tereza, a marcha lenta sumiu. Quando o
giro ficava abaixo de 2.500 ela morria. Sem marcha lenta, trânsito e obras deixaram
a saída da cidade um pouco complicada. Só resolvi esta falha na revisão de
20.000km em Quito.
Queria
tirar uma foto da cidade do alto, mas o pouco espaço no acostamento não
propiciou uma parada segura.
Passamos
por um lugar chamado Alto Hospício (que nome pra se dar a uma cidade?), lembre
que na Argentina tem um lugar chamado Custo de Vida. Vai entender os nomes
escolhidos!
As
paisagens entre Iquique e Arica são de uma imensidão indescritível, as fotos
não fazem jus ao que se vê pessoalmente.
E tudo é
seco e árido.
Em alguns
pontos da estrada as pistas de emergência estão lá para socorrer a galera que
perde o freio, tem uma a cada quilômetro nas descidas íngremes.
Curiosidade:
o quilômetro 2014 da Panamericana, ano da grande jornada.
Em uma
bifurcação da estrada, conjugado com uma barreira de obras me deixou confuso
quanto ao caminho a seguir. O Serjão está adiantado e o Jacob estava tirando fotos logo atrás, e como ele estava com o GPS, parei e aguardei ele
nesta bifurcação, onde tinha uma placa que indicava para Camarões. Ele chegou e
entrou em sentido Camarões, segui achando que estava correto.
A estrada
acabou e chegamos a um beco sem saída. Mas o lugar era bonito.
Certeza
mutua de que um ou outro que tinha provocado o erro, gerou piadas, risadas e
20km de atraso.
Muitas
obras com “siga” e “pare”. Teve lugares muito perigosos de se passar, tinha
medo de parar até pra tirar foto, ficou só na memória.
Até
Arica, cidade próximo a fronteira, são 310km sem posto de gasolina, tem que
sair de Iquique abastecido.
Na
chegada a fronteira entre o Chile e o Peru você já pode perceber a rivalidade
entre esses dois países, tem placas de campo minado nos dois lados da estrada.
Recentemente o Chile perdeu uma disputa de território, no mar, para o Peru, e
tem questões territoriais mal resolvidas pelos dois lados.
Os
procedimentos de aduna não são muito diferentes, aqui perdemos apenas duas
horas. Tem que comprar um formulário por U$1,50 em um cassino ao lado da aduana
pra fazer a entrada das motos no Peru. Uns dois quilômetros depois tem posto
que vende o S.O.A.T ( igual nosso seguro obrigatório). Não deixe de comprar
isso, é obrigatório mesmo.
Para a
Argentina e Chile, tínhamos a “Carta Verde”, que pode ser comprada no Brasil
com a Porto Seguro, nos países que não são do Mercosul só tem a opção de
procurar o lugar que vende o S.O.A.T. perto da fronteira.
Ao
atravessar para o Peru, ganhamos duas horas no fuso horário.
E depois
de 382 km em 8 horas de pilotagem chegamos a Tacna.
Achamos
um hotel no centro. Passeio pelas praças, monumentos e Catedral, finalizando
com um belo jantar, com ceviche (prato local com pescado ou frutos do mar), é
claro.
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