Top Of The
World Highway
Fairbanks –
Dawson City 640 km
Comecei o dia dando um
talento (lavando) a Teresa, ela estava cinza da lama dos últimos três dias.
E como na subida (ida
ao Norte), a descida (volta ao Sul) vai ser em zig-zag, não vou voltar pelo
mesmo caminho.
Com a intenção de
conhecer uma autêntica cidade de faroeste da época da corrida do ouro, vou a
Dawson City no Canadá.
O caminho mais
emocionante e seguir pela Top Of The Word Highway, a rodovia no topo do mundo.
Nesta Highway está a
fronteira terrestre mais ao norte dos EUA.
Em Tok, virei a
esquerda até o vilarejo de Chicken (sim, Galinha).
O lugar já demonstra o
que vem a seguir.
A estrada é de ripio,
terra, e pedra, muita pedra.
Em Chicken realizei
uma pequena inspeção na Teresa, e infelizmente descobri que havia perdido os
dois parafusos que prendem o eixo da roda dianteira.
Tentei descobrir um
substituto nas lojas (só tinha uma) de Chicken, porém sem sucesso.
Estava mais próximo de
Dawson City do que Tok, decidi prosseguir apesar de não ser prudente andar com
a moto sem esses parafusos.
A estrada no lado
Americano margeia um ribeirão (Creek) onde diversos exploradores modernos de
ouro estão instalados com suas máquinas e sonhos de riquezas.
E pela terceira vez,
saí dos EUA, agora pela fronteira mais ao Norte possível.
O agente de imigração
da fronteira quase não acreditou quando viu meu passaporte com carimbos de
todos os países do Continente Americano, recebi os parabéns e segui para a
aduana do Canadá onde também fui bem recebido. Voltei ao Yukon novamente e
perdi uma hora no fuso.
Infelizmente as fotos
na área da fronteira são proibidas, este lugar simboliza o fim do mundo mesmo.
Aqui não é o fim do
mundo, mais dá pra ver ele daqui.
E no lado Canadense a
estrada segue tão desafiadora quanto no lado Americano, para o meu desespero,
pois estava viajando a 50km/h por medo de perder o eixo dianteiro da Tereza.
Quando os sinais de
que estava chegando a Dawson City apareceram, o coração começou a tranquilizar.
Se necessitasse de
guincho, seria por poucos quilômetros.
A cidade apareceu
majestosa às margens do rio Yukon, tive a impressão que voltei no tempo, só dá
pra acreditar estando onde eu estava: no tempo da corrida do
ouro.
À travessia em uma
pequena balsa transponho o Rio Yukon e chego ao meu destino deste dia.
Agora é achar um lugar
para hospedagem e curtir a cidade do passado.
Os centros de apoio
aos turistas são sempre os melhores lugares a serem visitados nestes locais, lá
você acha mapas e boas dicas sobre a cidade e as atrações que ela oferece.
Descobri que os
valores de hotéis aqui são os maiores de toda a viajem, é uma cidade turística,
famosa e em plena temporada.
O hotel mais barato
que achei foi um em um prédio histórico, em que os quartos não tinham banheiros
e com um bar no térreo que fica aberto 24 horas.
Ideal (o bar que não
fecha, em baixo do meu quarto)!
Não tinha garagem para
Teresa ficar, porém o pessoal falou que não haveria problemas nela ficar ali em
frente ao hotel na rua.
Acabou virando mais
uma atração do lugar, conheci alguns motociclistas que deram dicas boas sobre
as estradas.
Depois de um banho fui
conhecer a cidade e sua história com os pioneiros exploradores de ouro.
Não poderia deixar de
conhecer o Saloon com cassino e direito ao Show do Can-Can.
Finalizei o dia
tomando boas cervejas e ouvindo musica country no bar do hotel.
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